Crítica de, MIB: Homens de Preto - Internacional

Com um enorme potencial para ser o grande retorno da franquia, o longa acerta no humor, mas entrega uma abordagem antipática  e vazia.

Com o sucesso da dinâmica entre Valquíria e Thor no universo Marvel, não era segredo para ninguém que Tessa Thompson e Chris Hemsworth formariam uma dupla divertida em MIB Internacional. Aliada à bagagem trazida pela franquia, que encanta pela esquisitice dos seus aliens e suas armas surpreendentes, o filme tinha tudo para dar certo.

Repetindo a parceria deThor: Ragnarok com confiança, Thompson e Hemsworth entregam o elemento buddy COPy que se espera da franquia, mas se valendo de ingredientes próprios.
A relação entre novata e agente experiente ainda existe, é verdade, mas o humor é completamente outro. Mais bobos e, de certa forma, mais fofos, os atores parecem estar a todo momento se provocando e, invariavelmente, entregam a piada de modo certeiro.

  adição do personagem de Kumail Nanjiani, o pequeno alienígena Pawny, só intensifica a força deste núcleo.
 Trazendo mais sarcasmo e acidez, o alien arremata as situações cômicas, dando uma nova identidade a este capítulo de Homens de Preto e, em última instância, provando que a franquia pode sim sobreviver sem o carisma de Will Smith e Tommy Lee Jones.


Porém, fora o elenco principal e seu potencial cômico, não há muitas razões para torcer por um novo filme. Ao menos, não com um roteiro como esse, tão mal-escrito.
A trama, que mais uma vez gira ao redor de uma invasão à Terra, não apenas é pouco criativa, como é confusa.

 Para criar espaço para a grande reviravolta - que, convenhamos, é bem previsível, os roteirista Matt Hollowaye Art Marcum, criam situações sem sentido, que não se encaixam com o restante da trama. Não bastasse isso, a própria direção de F. Gary Grayé pouco inspirada e tem um clima de indecisão.
 Em determinadas cenas, o cineasta escolhe destacar elementos, dando a entender que virá a seruma explicação sobre sua importância mais tarde, mas ela nunca vem.

Toda a clareza que se tem para estabelecer quem são os protagonistas e sua ligação com a MIB falta no restante do filme.
 É sintomático como os personagens mais vilanescos dos LesTwinse daRebecca viram simplesmente  descartáveis. Suas intenções são apresentadas tão rapidamente quanto são derrotados para que os agentes M e H lidem com “a grande ameaça”.
 No fundo, eles não passam de obstáculos intermediários em uma tentativa mal-sucedida de construir uma história sucedida.
 Mesmo os papéis de Emma Thompson e Liam Neeson parecem um desperdício para o que ambos podem oferecer para o filme, sobretudo a atriz britânica.
 Por isso, é difícil não se questionar sobre a necessidade de resgatar a franquia.

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